Fátima, uma líder movida pelo carinho ao trabalho e à sua missão

8 de março de 2024 - 10:07

Assessoria do HGCC
Texto: Marcelle Honorato
Fotos: Thiago Freitas

Como forma de homenagear as 1.698 funcionárias mulheres, o Hospital Geral Dr. César Cals apresenta a história de Maria Pereira Oliveira Filha. Em seus quase 50 anos de HGCC, uma mulher impulsionada pelo trabalho e dedicação ao paciente, mesmo que indiretamente.

Para muitos, ela é conhecida como Fátima, mas seu nome verdadeiro é Maria Pereira Oliveira Filha, como consta na certidão de nascimento. A Fátima ou, até mesmo, Fatinha, coordenadora de Finanças do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), unidade da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), acumula uma história de quase 50 anos no serviço público, dos quais 45 no HGCC, foi escolhida entre as 1.698 mulheres que atuam no HGCC para representar e homenagear a todas no Dia Internacional da Mulher.

Maria Oliveira, de 68 anos, explica que adotou o segundo nome ainda bebê. Seu pai quis homenagear a esposa, sua mãe, colocando o mesmo nome na filha recém-nascida. A mãe, porém, não gostou nada. “Ela queria me dar o nome de Fátima e dizia que duas ‘marias’ na mesma casa não daria certo. Desde então eu sou Fátima”, lembra rindo. A gestora de finanças não se incomoda em ser chamada de Fátima, mas confessa que gostaria de ser reconhecida como Maria.

Pode ser algo simples, mas a atitude tolerante em relação ao seu nome social mostra um pouco da sua personalidade. A calma, o saber perdoar e aceitar as pessoas como elas são – e não como a gente gostaria que elas fossem – são elementos importantes que ela leva para o seu trabalho. “Além disso, há o compromisso, a responsabilidade, a dedicação e o sentimento de união, a satisfação do bem servir e de contribuir com o paciente que está no leito”, acrescenta.

Maria Oliveira lidera uma equipe de nove profissionais e tem uma rotina atribulada. Em média, ela lida com 100 a 150 processos financeiros por semana, toma decisões importantes sobre as prioridades financeiras do Hospital e, muitas vezes, com prazos desafiadores. Sempre que pode, realiza reuniões para afinar o seu time. “A gente tem que uma equipe boa. Todos aqui são muito comprometidos. Sem uma equipe boa, não há remédio, não há alimentação, não há energia e nem profissional no HGCC”, pontua.

Mesmo em um setor bastante dinâmico, Maria não perde a mansidão. Com uma voz mansa e calma, a coordenadora de Finanças afirma que tem vencido os desafios com muito amor por sua função “A gente passa boa parte da nossa vida aqui, a gente trabalha de segunda a sexta, das 7h às 17h, e precisa estar bem e gostar do que faz. Costumo dizer que aqui é minha segunda família, afirma.

História

Sua história na área da Saúde começa em 1974 quando foi atuar na Sesa. Em 1979, segue para o César Cals, dedicando-se, por dez anos, na Farmácia. Depois foi convidada para o setor financeiro. “Não achei difícil no começo. Eu gosto do trabalho e a gente aprende com facilidade tudo o que a gente faz com prazer e com amor”, relembra. Em 2007, Maria Oliveira conquistou a coordenadoria do setor.

Nesses 17 anos, Maria foi uma das profissionais que atuou no HGCC durante a pandemia. “O Governo do Estado liberou os profissionais com mais de 60 anos para trabalhar remotamente. Eu não fiquei um dia em casa, eu vim trabalhar todos os dias. Eu pensava assim: se não tem um empenho feito, não tem energia, não tem o alimento, não tem o remédio nesse momento tão difícil” revela.

O carinho pelo seu trabalho e por sua missão é, antes de tudo, um sentimento que a movimenta enquanto mulher. “O HGCC, para mim, é 50 anos de experiência, são 50 anos de aprendizado, de amizade, de conhecimento. Eu já tenho idade para me aposentar, mas eu gosto de trabalhar”, finaliza.