Laboratório de Anatomia Patológica do HGCC acelera diagnósticos e indica tratamento mais adequado a pacientes

1 de junho de 2022 - 16:53 # # # #

Assessoria do HGCC
Texto: Wescley Jorge
Fotos: Thiago Freitas



Por mês, são realizadas, em média, 400 análises no equipamento

Quando um paciente faz um procedimento, seja ele cirúrgico, endoscópico ou de punção, por exemplo, podem ser colhidos materiais biológicos como sinal de pele ou tumor. A retirada de fragmentos de um órgão ou tecido para análise é conhecida como biópsia. Atualmente, os resultados a partir desse exame conseguem definir o tratamento a ser adotado em cada caso – e não apenas o diagnóstico.

O Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), dispõe de Laboratório de Anatomia Patológica, estrutura responsável pelo diagnóstico histopatológico e, consequentemente, pela assistência terapêutica. Na unidade, é feita a análise macroscópica, o processamento histológico do tecido e a análise histológica microscópica. A depender de cada situação, a amostra segue para estudo molecular em laboratório conveniado. “Antigamente, as pessoas tiravam (amostras) e não enviavam para análise, jogavam até fora. Mas ali poderia ter algo maligno. O paciente ficava, então, sem saber o diagnóstico”, lembra o médico João Paulo Uchoa Fontenele, coordenador do laboratório do HGCC.

O profissional explica que a patologia dialoga com todos os tipos de especialidades médicas, como a Cirurgia e a Clínica Médica. “Em relação a doenças inflamatórias, como em um paciente com lúpus, a biópsia renal pode ajudar no diagnóstico e no tratamento. Outro exemplo seriam as doenças de pele, como a psoríase e as dermatites”, aponta Fontenele.

O médico continua: “Antes, você tinha um diagnóstico de tumor, um linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, por exemplo, e o paciente fazia um tratamento mais genérico. Hoje, há um diagnóstico mais específico com vários subtipos desses tumores. A análise era apenas morfológica, que descrevia o formato da célula. Agora, pode-se indicar o perfil molecular e o tipo de proteína que o tumor detém, o que possibilita qualificar o tratamento”.

Resultados mais rápidos e terapia específica

O paciente que passa por algum procedimento no HGCC e faz biópsia tem a oportunidade de receber um diagnóstico precoce, como em relação às neoplasias, permitindo um tratamento direcionado. Com a atuação de laboratórios como o de Anatomia Patológica, os resultados são mais rápidos, sendo liberados em até dez dias úteis. Em casos de urgência, é possível liberar laudos em até 48 horas. Por mês, são realizadas, em média, 400 análises do gênero.

Para o diretor-geral do HGCC, André Pires Cortez, o equipamento de Patologia também está apto a emitir resultados de exames em tempo real ou em um menor prazo. Cirurgião de cabeça e pescoço, ele destaca a biópsia por congelação, em que o resultado pode ser emitido no mesmo tempo em que o paciente está sendo operado; o exame citopatológico, quando são retiradas apenas algumas células para investigação; o histopatológico, que consiste na análise microscópica de tecidos; e o imuno-histoquímico, quando são colocados marcadores para identificação, ou seja, a localização de antígenos em tecidos, explorando o princípio da ligação de anticorpos a antígenos.

“É essencial a existência de laboratório de Patologia dentro da unidade. O HGCC caminha para realizar, também, o procedimento por congelação num prazo fundamental para o cirurgião que está em sala. Isso vai permitir um tratamento mais direcionado, mais adequado e em tempo real”, afirma Cortez.