Gestantes com tosse e febre já são medicadas contra H1N1

14 de março de 2012 - 22:56



As gestantes com sintomas de gripe,  febre acompanhada de tosse ou dor de garganta devem procurar imediatamente os serviços de saúde e iniciar o tratamento com Tamiflu (oseltamivir). A recmonedação é do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, com base no protocolo de tratamento da influenza. Para reforçar o estoque de medicamentos existente na Secretaria da Saúde do Estado, e como medikda de precaução, a Sesa solicitou ao Ministério da Saúde a liberação de cinco mil tratamentos para síndrome gripal.

A indicação de tratamento para gestantes que engravidaram depois do dia 30 de junho, independente de ter se vacinado ou não, é o mesmo para as pessoas com fatores de risco para complicação da doença. A gripe, ou síndrome gripal, em pacientes sem fatores de risco é tratada com medicamentos sintomáticos, hidratação oral e repouso domiciliar. Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, o uso de oseltamivir é indicado para todos os casos de síndrome gripal que tenham fator de risco para complicações, independente da situação vacinal. São fatores de risco a idade (menor de 2 anos e igual ou maior que 60 anos), gravidez e puerpério até duas semanas após o parto, presença de doença crônica imunossupressão, menores de 19 anos com uso prolongado de ácido acetilsalicílico, população indígena e obesidade mórbida.

Na síndrome gripal, o paciente apresenta febre acompanhada de tosse ou dor de garganta. A Síndrome Respiratória Aguda Grave é caracterizada por febre, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de sinais e sintomas de insuficiência respiratória, alteração da pressão arterial e, em crianças, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O oseltamivir deve ser utilizado em todos os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave.

O Ministério da Saúde confirma o início da campanha de vacinação deste ano para o dia 5 de maio. Como a vacina imuniza por um período de um ano, os prioritários ( idosos, crianças de seis meses a dois anos,  indígenas, profissionais de saúde), estão protegidos até a nova campanha. A vacina trivalente, que foi aplicada na campanha do ano passado, imunizou contra a influenza B (sazonal) e influenza A (H1N1 e H3N2). Os vírus da influenza, principalmente do tipo A, sofrem variações frequentes e as vacinas são produzidas com cepas virais diferentes, ano a ano, de acordo com orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina tem percentual de proteção de 59%.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, confirmou este ano dois casos de gripe A H1N1 de um total de 17 amostras recebidas para análise. O Sistema de Vigilância Sentinela de Influenza no Ceará coletou 69 amostras. Nenhuma delas para o vírus H1N1.

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