Recomeço: bebê nascida com menos de um quilo volta aos braços da família após cinco meses de cuidado especializado no HGCC
11 de setembro de 2024 - 11:51 #Alta #Internação #Neonatologia #prematuridade #Recuperação
Assessoria do HGCC
Texto: Wescley Jorge
Fotos: Thiago Freitas
A felicidade de um segundo nascimento: a ida para casa, após cinco meses de internação
O nascimento de uma criança pode ser o dia mais importante para uma família. E, em algumas ocasiões, carrega até um significado maior… um segundo nascimento. Assim foi para a mãe da pequena Maria Esther. A agricultora Maria Rafaela Martins, 31, moradora do município de Guaiúba, saiu feliz com a filha, após cinco meses de internação no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC). A bebê nasceu com 26 semanas de gestação, pesando apenas 810g. Na última segunda-feira (9), elas conseguiram a sonhada alta médica.
A menina recebeu os cuidados na Unidade Neonatal do equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e a mãe teve todo o suporte no serviço de Acolhimento Materno da unidade.
A história das duas começa com uma gestação de risco. Grávida, Maria Rafaela apresentava diabetes gestacional. Ela teve uma infecção e um sangramento. Por isso, foi encaminha para o HGCC, onde foi realizado o parto.
“Tive uma infecção, senti dores em casa. Eu achava que era normal. Fui para o posto e recebi medicação. Quando eu cheguei em casa, a dor aumentou, aí comecei a sangrar. Fui para o hospital. O sangramento aumentou, foi muito intenso. Devido à gravidade do problema, me transfiram para cá (HGCC),” conta Rafaela.
Rafaela e Maria Esther permaneceram juntas no HGCC
A realização do parto cesariano foi a indicação clínica para o caso. A recém-nascida foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin). Passou por procedimentos, cirurgia, tinha dificuldades de respirar. Cada dia, ela alcançava mais uma conquista, apresentava melhoras significativas. A assistência foi continuada na Unidade de Cuidado Intermediário Convencional (Ucinco), até o momento de ir para casa.
A chefe de Neonatologia, Ana Daniele Vitoriano, explica sobre a estrutura e suporte dado a Maria Esther. “A gente tem toda uma equipe especializada para uma assistência como a que Esther recebeu. Foram cinco meses e 15 dias de internamento. Mesmo com as complicações do parto e prematuridade, a nossa estrutura de Neonatologia e nossas equipes multiprofissionais desenvolveram um trabalho que favoreceu a recuperação da criança, assim como de tantas outras”, explica.
Conexão mãe e filha não se perde durante a internação
A médica reforça ainda que medicações, como Palivizumabe, usado para prevenir doenças graves causadas por infecções por vírus sincicial respiratório, as vacinas aplicadas e a realização de todos os testes, como do olhinho, pezinho, orelhinha, linguinha e coraçãozinho realizados são essenciais para uma assistência completa. “Ou seja, como maternidade de alta complexidade, a atenção é completamente integral e se dá inclusive com acompanhamento em nosso ambulatório, mesmo após a alta hospitalar”, complementa Vitoriano.
Mesmo morando fora de Fortaleza, a mãe buscava comparecer sempre ao hospital e participar dos cuidados da filha. Acompanhar cada progresso. Ela lembra do dia em que chegou à Unidade e a filha já tinha saído da UTI. “Quando foi um belo dia, ela foi transferida para o berçário de médio risco. Nesse momento, foi só alegria. Corri para lá, cheguei e a vi acordada, olhando para mim. Desde então, a qualquer minuto, eu esperava a alta dela”, recorda Rafaela.
“Cheguei e a vi acordada, olhando para mim. Desde então, a qualquer minuto, eu esperava a alta dela”, conta a mãe, sobre o momento da saída da UTI
Mãe e filha também tiveram o apoio do Serviço Social do HGCC, que fez todo o acompanhamento do caso. De acordo com Sarah Costa, assistente social, atenção se deu também na hora de registro, bem como emissão de todos os documentos, e na transferência para casa.
“Hoje eu vou para casa, vou levar minha filha. É o momento mais esperado para todo mundo da família. Foram cinco meses de espera, mas, graças a Deus, tudo passou. Sou só gratidão. Foi difícil, mas conseguimos”, comemora Maria Rafaela.