Laboratório do HGCC inova em tecnologia para resultados e tratamentos de pacientes

9 de janeiro de 2023 - 13:35

Assessoria do HGCC
Texto: Wescley Jorge
Fotos: Thiago Freitas


Sistema ‘R.E.A.L’ facilita os processos de análise, reduz a quase zero a quantidade de papel utilizado e possibilita a integração de resultados e informações entre setores e profissionais

A análise microbiológica e os resultados de exames de pacientes internados no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), agora são acompanhados em tempo real. A estratégia é realizada por meio de software utilizado pelo Centro de Patologia Clínica, escolhido para ser piloto no uso da ferramenta para gestão do Laboratório de Microbiologia.

O sistema facilita os processos de análise, reduz a quase zero a quantidade de papel utilizado e possibilita a integração de resultados e informações entre setores e profissionais. Além disso, gera relatórios e permite rastreabilidade, ampliando a segurança e minimizando chances de falhas.

“A gente alimenta tudo no laboratório. Lá no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), por exemplo, a equipe já tem acesso ao programa e pode consultar os resultados em relação às diversas unidades do hospital. Os profissionais conseguem visualizar o andamento das hemoculturas em tempo real”, diz a infectologista Silviane Praciano.

A funcionalidade e a praticidade do software garantem, ainda, uma atenção mais especializada ao paciente. Com a utilização também por médicos nas enfermarias, é possível consultar o andamento de exames e a evolução dos resultados.


Amostras de hemocultura em processamento e análise

“À medida que a gente faz a leitura das placas, já vai tudo para o ‘R.E.A.L’ [nome da plataforma]. O médico consegue consultar simultaneamente o status da hemocultura. A vantagem para a assistência é a agilidade da informação. Ao ser recebida, é transformada em uma conduta médica adequada, de forma precoce, para tratar possíveis infecções”, explica Praciano.

Dessa forma, o HGCC oferece terapêuticas mais assertivas. “Isso faz a diferença na sobrevida, no desfecho clínico e nos custos hospitalares, ao utilizar drogas mais direcionadas; e no controle de resistência microbiana, porque utiliza menos droga, permitindo menor desenvolvimento de resistência bacteriana”, complementa a infectologista.

Das pranchetas para o computador

É possível, ainda, ter um controle sobre tudo o que está em processamento: quantidade de amostras em andamento, de hemoculturas em análise ou já liberadas, além de resultados parciais. Antes, tudo era feito em pranchetas, sem digitalização.

“Podemos avaliar a concentração inibitória mínima de cada antimicrobiano, definir também por tipo de cultura e, conforme os dados, analisar dinamicamente o nosso perfil de sensibilidade e definir a eficácia dos antimicrobianos”, afirma o infectologista Bruno Medeiros.

Daniel Nascimento, coordenador do Centro de Patologia Clínica, lembra do pioneirismo do HGCC no uso do sistema. Em 2022, o equipamento recebeu o Prêmio R.E.A.L. Masters 2021, concedido pela empresa bioMérieux.

“Utilizamos um software de gestão de informações laboratoriais para beneficiar tanto internamente os processos do setor como para dar mais celeridade às informações sobre os pacientes. Gera também estratégias institucionais, de maneira coletiva, além das individuais no cuidado com as pessoas”, pontua Nascimento.