Hospital César Cals é certificado por redução de infecção

19 de julho de 2019 - 11:11

Antes mesmo do prazo definido de 24 meses, a Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), da rede pública do Governo do Ceará, foi certificado em três categorias por ter atingido as metas pactuadas para a redução de infecções. Em 18 meses de participação no Projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, em parceria com a Associação Beneficente Síria – Hospital do Coração, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), obteve resultados positivos.

As reduções são significativas e demonstram que a partir da adoção dos processos e diretrizes, muitas melhorias foram observadas. “Com o ingresso do HGCC no programa, a UTI passou a trabalhar com pacotes direcionadores que orientam as medidas a serem adotadas para evitar e diminuir essas infecções”, explica o enfermeiro José Ribamar dos Santos Júnior.

Indicadores

Em relação à infecção do Trato Urinário Associado à Cateter Vesical de Demora, a incidência caiu de 8% para 0%, uma redução de 100% dessa infecção. Quanto à Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica, a redução da incidência foi de 32,2% para 8,8%, uma redução total de 72,4%. Quando considerada a Infecção Primária de Corrente Sanguínea Associada à Cateter Venoso Central, a redução da incidência foi de 9,7% para 2,82%, totalizando 71% de redução.

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“Na verdade, atingimos a meta. A nossa UTI caminhou muito. Realmente agregou a equipe nesse processo, através reuniões multidisciplinares. Com isso, melhoramos o relacionamento interpessoal dentro da unidade, e isso criou uma cultura de visitas multidisciplinares, onde participam vários setores do hospital. O projeto foi o gatilho, mas isso precisa ser contínuo, precisa continuar e até multiplicar essa ideia”, esclarece o médico André Luiz Coutinho de Araújo Macedo, chefe da UTI.

Ações

Para chegar a esses resultados, o HGCC intensificou a atuação profissional com a inserção de mais um enfermeiro, médico infectologista, médicos diaristas; foi montado um time de observação, que diariamente avalia e monitora os itens do dos pacotes de diretrizes de manutenção, como elevação de cabeceira, realização de higiene oral, diminuição de sedação, com avaliação das necessidades dos dispositivos invasivos.

Além disso, a implantação da visita multidisciplinar conta com a participação de médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo e fonoaudiólogo. Outra ação de destaque é a visita estendida que vai de 9h às 18h, que possibilita mais humanização no atendimento.  Tudo voltado para a segurança do paciente e atenção ao familiar.

“Outra parte importantíssima diz respeito às visitas estendidas, que trazem uma humanização pra UTI, inclusive favorecendo o processo de cura do paciente. Nosso objetivo final é que o familiar da visita estendida participe ativamente dessa linha de cuidados e que isso consiga desdobrar o controle de infecção hospitalar”, reforça o médico.

Resultados

“Foram reduzidos os dias que o paciente passa na UTI, aumentando a qualidade de vida no pós-internamento, redução do uso de antibióticos, além dos custos hospitalares, melhorando também a rotatividade dos leitos” confirma o enfermeiro.
 

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Continuidade

Após os resultados alcançados, segue o acompanhamento continuo das ações e metas. O projeto entra agora numa fase de maior refinamento, em que as taxas serão relacionadas com a avaliação econômica do projeto. “É o que a gente chama de RAR (Relatório Abrangente de Resultados). São relatórios institucionais feitos a partir da análise econômica dos processos”, explica André Macedo. É uma fase mais detalhada para confirmar os investimentos e o que se conseguiu economizar com base nos resultados.

 

Assessoria de Comunicação do HGCC
Wescley Jorge
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