Seminário destacou a importância da pesquisa clínica no Hospital César Cals

12 de julho de 2017 - 13:48

Profissionais do Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Estado do Ceará, e de outras instituições de saúde de Fortaleza, bem como representantes da Secretaria da Saúde do Estado, estiveram presentes ao seminário “Desenvolvendo capacitação em pesquisa clínica – Zika Vírus”,  realizado na manhã desta terça-feira, 11, no Auditório II do Centro de Estudos, que abordou questões relacionadas ao desenvolvimento de pesquisas clínicas. O Evento, promovido em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado contou ainda, com um workshop direcionado à pesquisa clínica relacionada com o vírus zika.

 “O seminário foi realizado com intuito de instigar os profissionais a fazer pesquisa e mostrar a importância da pesquisa clínica para a sociedade”, disse Thaís Gomes Falcão, enfermeira do Centro de Estudos do HGCC. Segundo ela, foram discutidos os temas mais abordados em uma pesquisa, quais elementos devem ser considerados, o que deve constituir uma pesquisa clínica, os caminhos a serem seguidos e o direcionamento.

Para os profissionais que atuam no Hospital César Cals, a realização do seminário e do workshop foi a oportunidade de conhecer mais ainda elementos científicos para o desenvolvimento de pesquisas, mais especificamente em relação ao vírus zika. O HGCC integra o estudo ZIKAction, que reúne diferentes centros de estudos em vários países. Conforme explica o infectologista Robério Dias Leite, é feito o acompanhamento de gestantes, consequentemente a notificação das taxas de ocorrência do vírus Zika na gestação e transmissão direta para o bebê. O estudo está vinculado à Paediatric European Network for Treatment of AIDS (PENTA), sediada em Pádua, na Itália. A fundação tem grande experiência e colaboração com as pesquisas referentes à transmissão vertical do HIV em crianças.

A realização do seminário e o workshop é uma oportunidade de auxiliar e incentivar o desenvolvimento de pesquisas. De acordo com Trudie Lang, doutora em saúde pública pela Universidade de Londres e diretora da Global Health Network (Rede Global de Saúde), explica que é necessário entender como o vírus age na mãe e deixa o bebê doente, porque existem lugares em que a mulher desenvolve a Zika e o bebê não sente o efeito. Já em lugares como o Brasil, isso não é observado. “O vírus zika já existe há muito tempo na África, mas lá não causa microcefalia. Causa agravos a longo prazo no desenvolvimento da criança”, ressalta. Ela acredita que pode ter sido descoberto um novo tipo de vírus, que pode ter sofrido mutação. “Na verdade, estão tentando descobrir se foi uma mutação do vírus que aconteceu aqui e a partir das pesquisas realizadas aqui, eles possam ajudar na África”, esclarece a pesquisadora.

Dai a importância da realização do evento e da participação dos profissionais da saúde para o incentivo, aprimoramento e disseminação do interesse em produção científica, bem como as maneiras específicas direcionadas à realização de pesquisas. A inserção nesse contexto é essencial para se chegar a resultados que implicam nos tratamentos e condutas adotadas. Em qualquer lugar, elas podem ser desenvolvidas e não somente nos grandes centros de referência mundiais.

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Wescley Jorge
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