Serviço de Psicologia orienta pacientes do programa da obesidade

28 de agosto de 2015 - 13:44

Uma das etapas integrantes do programa da obesidade do Hospital Geral Dr. César Cals, unidade da rede pública do Governo do Estado, é o atendimento psicológico, que tem início após a primeira consulta com o cirurgião bariátrico, responsável pela avaliação e encaminhamento para os especialistas integrantes do programa. Mesmo depois da realização da cirurgia, o paciente continua sendo acompanhado. Esta é uma etapa primordial para o sucesso do tratamento.

Na primeira consulta com o psicólogo, o paciente é convidado a se conhecer melhor, reconhecer a sua história de vida, identificar os conflitos e perceber qual o comportamento em relação à alimentação. Lucifátima Maciel, coordenadora do serviço de psicologia do HGCC e integrante do programa da obesidade, aponta que esse conhecimento é essencial para prosseguir com o tratamento. Segundo ela, o estado emocional influencia na alimentação. Por isso, é necessário que o paciente procure fazer uma observação de si mesmo.

O início do acompanhamento psicológico se dá a partir de três etapas principais. A primeira faz referência ao momento em que o paciente vai se alimentar. Ele precisa identificar se é fome, se é desejo apenas, se é gula ou se já é compulsão. Na segunda etapa, ele precisa saber quais são os momentos que sente fome, se nos momentos alegres, tristes ou nos dois. E, por fim, identificar quais as situações de ansiedade que o levam a comer. Ele deve ter sempre em mente esses questionamentos e procurar fazer esse exercício sempre.

“A ansiedade é um dos fatores que mais leva o indivíduo a comer em excesso. Além disso, outros conflitos também influenciam, como o comportamento, o sentimento de inferioridade, desentendimentos e o não conhecimento daquilo que faz realmente bem a si”, destaca Lucifátima. Daí a importância de identificar quais os problemas, como raivas, as situações de estresses, entre outros, que levam a pessoa a comer além do necessário. A psicóloga ressalta ainda que a pessoa deve se valorizar mais, procurar por ajuda, conversar, olhar-se e se perceber por inteiro.

A paciente Hosana Holanda Lima, agricultora de Boa Viagem, conta que passou a observar melhor as situações em que ela estava mais propensa a comer em excesso. “Antes de chegar aqui ao hospital, eu comia demais, principalmente quando eu ficava nervosa. Estou mais consciente e busco mudar minhas atitudes em relação à alimentação”, relata. Ela afirma que hoje, com o atendimento psicológico, com as conversas individuais e em grupo, está menos ansiosa, consequentemente evita comer nos momentos em que não é necessário.

A Unidade de Cirurgia Bariátrica reforça que esses mesmos cuidados e as orientações passadas na preparação para o procedimento devem ser observadas após a cirurgia. Lembra ainda que o processo de adaptação é individual e que cada pessoa tem o seu tempo de mudança em relação aos hábitos alimentares.

Por mês, o serviço de Psicologia realiza 120 atendimentos individuais. São 20 pacientes, por semana, nas conversas em grupos. Há ainda as palestras mensais, com temas escolhidos pelos próprios pacientes. Em cada uma delas, são 30 participantes. Na última sexta-feira de cada mês, a Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica realiza o encontro multiprofissional mensal, com mais de 100 pacientes do programa, tanto os que vão fazer a cirurgia, como os que já fizeram. Além do acompanhamento psicológico, os pacientes são avaliados por nutricionistas, endocrinologistas, pneumologistas, cardiologistas, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e assistente social.

 

 

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