Sarampo: ao completar 6 meses a criança precisa ser vacinada

19 de fevereiro de 2015 - 08:50

Há 728 casos confirmados de sarampo em 31 municípios cearenses do dia 25 de dezembro de 2013, início do surto da doença, até a última sexta-feira, 13 de fevereiro. Desse total, 200 são em crianças menores de 1 ano de idade. Dos 200, o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado na sexta-feira, 13, informa que 71 ocorreram em crianças com menos de seis meses de idade. Esse número  representa 35,55% dos casos em menores de 1 ano.

Com esse percentual expressivo, os pais não podem esquecer de que o compromisso com a saúde das crianças começa cedo. Assim que as crianças completam seis meses é preciso levá-las às Unidades Básicas de Saúde, mais conhecidas como postos de saúde. Lá, são vacinadas contra o sarampo e ficam protegidas do surto, com 32 casos confirmados somente este ano no Estado, além de 68 casos em investigação. No aniversário de 1 ano precisam ser vacinadas novamente com a tríplice viral. Quando tiverem 1 ano e três meses, devem ser vacinadas de novo. Desta vez, com a tetra viral, que protege contra o sarampo, rubéola, caxumba e catapora. 

alt

O que é?

É uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada [vesículas], responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do Sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

Qual o agente envolvido?

Vírus do Sarampo que pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

Quais os sintomas?

Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema). É durante o período exantemático que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20° dia.

Como se transmite?

É de quatro a  seis dias antes até quatro dias após o aparecimento do exantema. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

Como tratar?

Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.

Quais os cuidados necessários?

As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra a rubéola. Elas devem esperar para serem vacinadas após o parto.
Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegido contra a rubéola. Um exame de sangue (sorologia) requisitado pelo seu médico pode dizer se você já está imune à doença. Se não estiver, deve ser vacinada antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.

Fonte: Ministério da Saúde

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá /  ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221)
Twitter: @SaudeCeara
www.facebook.com/SaudeCeara