Encontro reúne profissionais da captação de órgãos para transplantes

27 de maio de 2014 - 11:34

Entre os dias 28 e 30 de maio a Secretaria da Saúde do Estado realiza duas programações que vão ajudar o Ceará a manter a posição conquistada no primeiro trimestre do ano, quando obteve a melhor taxa do país de doadores efetivos de órgãos e tecidos para transplantes, com 29,3 doadores efetivos por milhão da população (pmp). Na quarta-feira, 28 de maio, será realizado o 1º Encontro de Coordenadores Intra-hospitalares de Transplantes do Estado do Ceará, com a participação de 80 integrantes das 12 Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTTs) em funcionamento no Estado.

Na quinta e sexta-feira, será realizado o Curso Básico de Formação de Coordenadores Intra-hospitalares de Transplantes para capacitar 120 médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais de hospitais que atendem urgência e emergência, inclusive Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas), como incentivo à criação de novas CIHDOTTs. O encontro e o curso serão realizados no Hotel Mareiro, Avenida Beira Mar, 2380, Meireles, a partir das 8 horas.

No Ceará, as notificações de potenciais doadores crescem ano a ano, de 237 em 2008 para 260 no ano seguintes, 325 em 2010, 373 em 2011 e 435 em 2013, ou 51,5 por milhão da população (pmp). A efetivação das doações no Estado é considerada muito boa, de 42% das notificações, a segunda maior do país. As doações e os transplantes de órgãos e tecidos são submetidos no Brasil a legislação específica que atribui às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) o controle de todo o processo, desde a retirada dos órgãos até a indicação do receptor. As doações e os transplantes de órgãos e tecidos são submetidos no Brasil a legislação específica que atribui às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) o controle de todo o processo, desde a retirada dos órgãos até a indicação do receptor.

Assim como nos demais estados, a Central de Transplante da Secretaria da Saúde do Estado controla o destino de todos os órgãos doados. Essa atribuição exclusiva da Central de Transplante garante a obediência aos critérios de seleção do receptor de órgãos e tecidos. Por isso, a única forma de se receber um transplante é a inscrição na lista de espera.

O processo de doação começa com a identificação e manutenção dos potenciais doadores. Em seguida, os médicos comunicam à família a suspeita da morte encefálica, realizam os exames comprobatórios do diagnóstico, notificam o potencial doador à Central de Transplantes, que repassa a notificação à CIHDOTT. A notificação de morte encefálica à Central de Transplantes é compulsória. No hospital, o profissional da CIHDOTT realiza avaliação das condições clínicas do potencial doador, da viabilidade dos órgãos a serem extraídos e faz entrevista para solicitar o consentimento familiar da doação dos órgãos e tecidos. Nos casos de recusa, o processo é encerrado.

Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito. O fundamental é conversar com a própria família e deixar bem claro o seu desejo. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual o doador manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

Assessoria de Comunicação da Sesa
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