Aleitamento materno favorece recuperação de bebês e salva vidas

10 de maio de 2014 - 10:50

A rotina de Glauba Xavier da Silva começa às quatro horas da manhã. Antes de sair de casa, por volta das 6h30, ela precisa deixar tudo pronto para, em seguida, dedicar-se totalmente a Maria Paola, sua filha que nasceu prematura, pesando apenas 695g, no dia 22 de fevereiro, na Maternidade do Hospital Geral Dr. César, da rede estadual de Saúde.

Assim que nasceu, Paola precisou ir para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde permaneceu por cerca de 60 dias. Desde então, sua mãe vai diariamente ao hospital participar dos cuidados e contribuir com o mais importante para a recuperação da filha, que é amamentar. No início, ela recebia leite materno, por meio de uma sonda, ordenhado no Banco de Leite Humano, pois ainda não tinha força suficiente para sugar direto do peito. “Hoje, ela já mama e não precisa mais da sonda”, esclarece Glauba.

Atualmente, já pesando 1.605kg, Paola consegue mamar sozinha. Por isso, falta pouco para ela ter alta, que será quando estiver com o peso ideal, com 1.800kg. As vindas de Glauba ao hospital continuam, ela não falta um dia sequer. A alimentação da filha com leite materno e a presença constante da mãe garantem o sucesso na recuperação. “O amor que eu sinto por ela me move, a força que ela tem para sobreviver, cada gesto, cada aparelho retirado, cada leite a mais mamado, cada gesto dela e cada grama adquirido fazem com que eu esteja aqui todo dia”, conta emocionada a mãe.

A mãe da pequena Paola faz parte do Acolhimento Materno que apoia as mães que têm bebês internados na UTI. O trabalho segue uma linha humanizada para conscientizar as famílias sobre a importância da atuação nos cuidados ao recém-nascido. As mães recebem alimentação, vale-transporte e participam de rodas de conversas, palestras, trocam experiências, além de receber todo o suporte profissional, como o apoio de psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Já o banco de Leite Humano atua no esclarecimento e incentivo à amamentação. É no banco que as mães ordenham leite para os filhos e o armazenam, quando têm excesso. O convívio fortalece os laços e muitas delas, além de ordenhar para os próprios filhos passam a doar também para os outros bebês, como é o causo de Glauba, que já deseja se tornar uma doadora.

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