Ceará reduz em mais de 80% a mortalidade na infância

13 de setembro de 2013 - 20:59

O Ceará foi apresentado como destaque na redução da mortalidade na infância (menores de cinco anos), durante a divulgação do Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, na sexta-feira, 13 de setembro, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Panamericana de Saúde (Opas), em Brasília. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que utiliza uma metodologia de comparação internacional, a mortalidade na infância no Brasil caiu 77% entre 1990 e 2012. Segundo o estudo, em 1990, a taxa de mortalidade no Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14. O Nordeste foi a região com o maior percentual de queda: 77,5%, passando de 87,3 para 19,6 por mil nascidos vivos. Os estados que se destacam são Alagoas (-83,9%), Ceará (-82,3), Paraíba (-81), Pernambuco (-80,9) e Rio Grande do Norte (-79,3).

O percentual de redução da taxa de mortalidade na infância no Brasil é superior à taxa mundial que foi de 47% de queda e da América Latina e Caribe que foi de 65%. Além disso, o País conseguiu alcançar o Objetivo do Milênio para redução da taxa de mortalidade na infância (ODM 4) quatro anos antes do prazo estabelecido. De acordo com o relatório, a queda do índice no Brasil pode ser explicada por uma série de fatores, entre eles, o foco na atenção primária de saúde, melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, promoção do aleitamento materno, expansão da imunização e criação de iniciativas de proteção social como o programa de transferência de renda Bolsa Família. Pacto de Redução de Mortalidade Infantil na Amazônia Legal e Nordeste, desenvolvido pelo Ministério da Saúde entre 2009 e 2010, também teve grande impacto para a maior redução da mortalidade nas regiões Norte e Nordeste.

A redução da mortalidade na infância do Ceará já vem sendo um avanço divulgado e comemorado, com meta do governo do Estado de diminuir ainda mais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), anunciou no dia 2 de agosto deste ano que o Ceará foi o segundo Estado do Brasil que mais reduziu a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) entre os anos de 1980 a 2010. Em 30 anos, deixaram de morrer no Estado 91,8 crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas, número menor apenas que o da Paraíba, que em 2010 evitou 94,2 mortes em relação a 1980. O Ceará tinha a terceira pior taxa de mortalidade infantil do Nordeste em 1980, de 111,5 por mil nascidos vivos, Alagoas com  o índice de 111,6 e a própria Paraíba com 117,1. Em 2010, o Ceará ficou com a segunda melhor taxa da região, de 19,7 por mil nascidos vivos.

No Brasil, segundo o IBGE divulgou em agosto, no ano de 2010 a taxa de mortalidade na infância foi de 19,4 por mil nascidos vivos  e de 26,0 no Nordeste. Em 1980 as taxas eram de 84,0 e 120,2, respectivamente. No Ceará, a mortalidade na infância no período diminuiu de 133,7 para 22,6 por mil nascidos vivos. No Estado, a redução representou um decréscimo do número de óbitos das crianças menores de 5 anos da ordem de aproximadamente 111 óbitos para cada mil nascidas.

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