Ceará tem segunda maior redução da mortalidade infantil do país

2 de agosto de 2013 - 17:36

O Ceará foi o segundo estado do Brasil que mais reduziu a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) entre 1980 e 2010. Em 30 anos, deixaram de morrer no Estado 91,8 crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas, número menor apenas que o da Paraíba, que em 2010 evitou 94,2 mortes em relação a 1980. O Ceará tinha a terceira pior taxa de mortalidade infantil do Nordeste em 1980, de 111,5 por mil nascidos vivos, à frente apenas Alagoas (111,6) e da própria Paraíba (117,1). Em 2010, o Ceará ficou com a segunda melhor taxa da região, de 19,7 por mil nascidos vivos, atrás apenas de Pernambuco, que registrou taxa de 18,5.

Os números são da publicação “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação – 2010”, que o IBGE lançou na sexta-feira, 2 de agosto. A publicação faz comparações com os indicadores das tábuas de 1980, apresentando um panorama das mudanças nos níveis e padrões de mortalidade no período de 30 anos. As Tábuas de Mortalidade usam dados dos resultados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010.

No Brasil, entre 1980 e 2010, a taxa de mortalidade infantil reduziu-se em 75,8%, ao declinar de 69,1 para 16,7 por mil nascidos vivos. A menor taxa foi observada em Santa Catarina, 9,2 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos, um valor 69,4% menor que a maior taxa, pertencente ao Estado de Alagoas, de 30,2 por mil nascidos vivos. A Região Nordeste foi a que apresentou as maiores reduções na TMI. Entre 1980 e 2010 a taxa caiu de 97,1 para 23 por mil nascidos vivos.

O mesmo comportamento da taxa de mortalidade infantil é observado na mortalidade da infância, que indica a probabilidade de um recém-nascido não completar os 5 anos de idade.  Em 2010, a taxa de mortalidade na infância foi de 19,4 por mil nascidos vivos no Brasil e de 26,0 no Nordeste. Em 1980 as taxas eram de 84,0 e 120,2, respectivamente. No Ceará, a mortalidade na infância no período diminuiu de 133,7 para 22,6 por mil nascidos vivos. No Estado, a redução representou um decréscimo do número de óbitos das crianças menores de 5 anos da ordem de aproximadamente 111 óbitos para cada mil nascidas.

Na esperança de vida ao nascer, o Ceará também avançou. O Nordeste, que tinha a esperança de vida ao nascer mais baixa em 1980 (58,25 anos) teve, em 30 anos, um incremento de 12,95 anos nesse indicador, chegando, em 2010, a 71,20 anos. No Ceará, o ganho na esperança de vida foi ainda maior, de 13,44 anos, ao passar de 58,96 anos em 1980 para 72,4 em 2010.

Taxa de Mortalidade Infantil
1980 – 2010

1980

2010

Decréscimo

BRASIL

69,1

16,7

52,4

NORDESTE

97,1

23,0

74,0

Paraíba

117,1

22,9

94,2

Ceará

111,5

19,7

91,8

Rio Grande do Norte

111,2

20,6

90,6

Pernambuco

104,6

18,5

86,1

Fonte: IBGE

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221)
Twitter: @SaudeCeara
www.facebook.com/SaudeCeara