Medicina Fetal

25 de outubro de 2012 - 13:22

A Medicina Fetal é uma área de atuação da Ginecologia e Obstetrícia que visa o acompanhamento especializado das gestações de alto risco, podendo ser estendido a qualquer situação que possa interferir no desenvolvimento e/ou o bem-estar fetal, detectada por meio de avaliações clínicas, aconselhamento genético, ultrassonografia e procedimentos fetais invasivos, como a amniocentese, estudo do líquido amniótico, e a cordocentese, obtenção do sangue de cordão umbilical para estudo.  

A medicina fetal começou a ganhar força no início da década de 1970 quando surgiu, no mundo todo, a preocupação com o rastreamento das síndromes genéticas, principalmente a síndrome de Down, e novos aparelhos de ultrassonografia foram desenvolvidos, com técnicas avançadas que permitiram avaliações detalhadas da cavidade uterina.

Por volta da década de 1990, as publicações científicas passaram a descrever novas possíveis abordagens fetais, com finalidades preventivas, diagnósticas e terapêuticas, como as cirurgias fetais e o tratamento das infecções congênitas. A partir desse momento, o feto passou a presentar o status de paciente.

No serviço de Medicina Fetal do HGCC, coordenado pelo Dr. Manoel Martins Neto, as gestações são acompanhadas em ambulatórios especializados, nas enfermarias de patologias obstétricas e nas salas de parto. No ambulatório, uma das principais portas de entrada dessas pacientes, o atendimento é organizado por consultas agendadas pela atenção básica, via sistema.

No HGCC, foi realizada a primeira cirurgia fetal do estado do Ceará. O procedimento contou com a participação de médicos de São Paulo e do Ceará e foi realizado com o feto ainda na barriga da mãe. Com isso, a gravidez que era de risco, transcorreu normalmente e os bebês se desenvolvam sem problemas até o momento de nascer.