Ceará acompanha redução da mortalidade infantil no país

1 de maio de 2012 - 20:22

 

Em 10 anos, o Brasil reduziu a mortalidade infantil em 47,6%, com queda na taxa de 29,7 mortes de bebês de até um ano de idade por mil nascidos vivos no ano 2000, para 15,6 em 2010. Segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27 de abril, a maior redução da Taxa de Mortalidade Infantil ocorreu na região Nordeste, que registrou queda de 58,6% da TMI no período, com a taxa passando de 44,7 para 18,5. De acordo com os indicadores registrados pela Secretaria da Saúde do Estado, o Ceará acompanhou essa tendência e reduziu a mortalidade infantil em 50,5% na década. A taxa, que era de 26,5 por mil nascidos vivos em 2000, caiu para 13,1 em 2010. Em 2011, a mortalidade infantil caiu ainda mais no Estado e ficou em 12,3 óbitos por mil nascidos vivos.
Para o IBGE, na última década, os principais fatores que já vinham contribuindo para a queda histórica da mortalidade infantil continuaram tendo um impacto positivo. Ao mesmo tempo, políticas como o aumento do salário mínimo e a ampliação dos programas de transferência de renda contribuíram para o aumento da renda da população, especialmente da parcela mais pobre. Isso acarretou em uma queda das desigualdades sociais e regionais, atuando em favor da aceleração da queda na mortalidade infantil no País e de uma maior convergência entre as regiões. Pelo Censo de 2010, as taxas de mortalidade infantil eram de 12,6 na região Sul, 13,1 no Sudeste, 14,2 no Centro-Oeste, 18,1 no Norte e 18,5 no Nordeste.
Em fevereiro deste ano, o Instituto de Pesquisa econômica Aplicada (IPEA) já confirmava a redução continuada das mortes entre menores de um ano no Estado, com a divulgação do capítulo cearense do estudo Situação Social nos Estados. De acordo com o estudo, o índice de crianças que morrem antes de completar um ano de vida no Estado caiu de 35 no ano de 2001 para 24,4 em 2007. Para o IPEA, “o Ceará apresenta-se em vantagem, comparativamente ao quadro apresentado na região Nordeste, onde as taxas foram de 39,3 e 28,7, em 2001 e 2007, respectivamente”. A TMI no Ceará diminuiu 30,28% em sete anos. No país, a queda entre os anos de 2001 a 2007 foi bem menor: 23,95%.
O estudo do IPEA, que mesmo trabalhando com estimativas, confirma a linha de redução da TMI medida pela Secretaria da Saúde do Estado. Em 15 anos, de 1996 a 2010, a TMI do Ceará diminuiu em 64,97%, passando de 37,4 para 13,1. A Sesa utiliza dados reais de registro de nascimento e óbitos O número total de mortes infantis caiu de 4.380 em 1996 para 1.685 em 2010. As doenças diarreicas, responsáveis por 17,3% dos óbitos infantis em 1996 e 21,3% em 1999, causaram 1,8% das mortes em 2010. Com esses resultados, as doenças diarreicas diminuíram a participação na composição da TMI de 5,4 por mil nascidos vivos em 1996 para 0,2 em 2010, a maior redução entre as causas de mortes infantis. A redução da TMI entre as causas perinatais, maiores responsáveis pelos óbitos infantis, foi de 16,8 para 8,2 entre 1996 e 2010.