Hidratação pode salvar a vida de quem está com dengue
11 de março de 2011 - 13:20
No período do carnaval as pessoas não podem esquecer da importância da hidratação na saúde e qualidade de vida. Não há tempo a perder. Logo que sentir os primeiros sintomas da dengue, como febre alta e dores no corpo, devem beber muita água, bem mais do que a quantidade de rotina. Pode ser todo tipo de líquido, como suco, chá, soro caseiro. Só há uma exceção: bebidas alcoólicas. Além de iniciar a hidratação, que pode impedir ou desacelerar o avanço da doença, é preciso procurar imediatamente um médico.
Segundo os médicos infectologistas, é importante manter a hidratação no tratamento da dengue porque durante a doença ocorre a saída da parte líquido do sangue em diferentes graus e quantidades. Quando a pessoa se hidrata tenta repor o que perdeu ou está perdendo. Em crianças, os sinais de alerta de desidratação, segundo nota técnica da Secretaria da Saúde do Estado divulgada entre os profissionais de saúde para alertar para o diagnóstico precoce e tratamento imediato são mucosas secas, olhos encovados, diminuição da diurese (secreção urinária) e da elasticidade da pele.
Soro caseiro
O uso do soro caseiro é uma alternativa simples, barata e eficaz na reposição de água. É fácil preparar. Basta dissolver uma colher de sopa de açúcar e uma colher do tipo cafezinho de sal em um litro de água mineral filtrada ou fervida. Depois mistura bem. Deve ser bebida em pequenos goles.
Este ano há 4.355 casos confirmados de dengue em 128 municípios dos 184 municípios cearenses. Até esta sexta-feira, 4 de março, são 12 óbitos confirmados (veja aqui o boletim da dengue). Para evitar o aumento de casos a prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, é a principal arma. E prevenção se faz com telamento das caixas d’água, com limpeza pelo menos semanal nos quintais, eliminando depósitos que acumulam água e servem de reservatório para a multiplicação do mosquito. É o caso das garrafas, pneus e até tampas de refrigerantes, que mesmo pequenas são suficientes para o mosquito colocar os ovos e depois de contato com água eclodirem e saírem por aí pícando e mantendo o Ceará entre os 16 Estados em situação de risco de epidemia este ano.