Sesa inaugura ultrassonografia para controle do câncer de mama

1 de outubro de 2010 - 11:29

O Programa de Controle do Câncer de Mama no Município de Fortaleza ganha reforço na sua estrutura para o atendimento de 4.500 mulheres ao ano, 1.500 delas acima dos 50 anos. No dia 29 de setembro, foi inaugurado o serviço de ultrassonografia na sede do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (GEEON), da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rua Papi Junior, 1511, Rodolfo Teófilo. Para a criação do serviço, a Secretaria da Saúde do Estado fez a doação do aparelho de ultrassom. O investimento é de R$ 95.000,00.

O Programa de Controle de Câncer de Mama foi lançado pelo GEEON em novembro de 2008, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde e do Lions Club de Fortaleza – Parquelândia. É centrado nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e sua primeira unidade funciona no Centro de Saúde Anastácio Magalhães, localizado no bairro Rodolfo Teófilo (Regional III).

Nas suas atividades, o Programa realiza pesquisa da prevalência dos fatores de risco para o câncer de mama. Para tanto, serão realizadas pesquisas domiciliares junto à população feminina e os grupos de mulheres consideradas de alto risco para desenvolver a doença serão acompanhados. Outras atribuições do Projeto são a orientação para o auto-exame das mamas, o encaminhamento para exames clínicos, a promoção de palestras educativas, o incentivo às práticas de atividades físicas como proteção contra a doença, dentre outras.

A origem do câncer de mama geralmente é multicausal e pode estar associada a vários fatores de risco: idade (70% em mulheres acima de 50 anos), histórico familiar, tempo de exposição ao estrogênio (menstruação precoce, menopausa tardia, gravidez após os 30 anos, ausência ou poucas gestações, consumo de anticoncepcionais hormonais), raça (mulheres brancas correm mais risco), obesidade, má alimentação, tabagismo, alcoolismo, exposição a produtos químicos tóxicos, exposição a campos eletromagnéticos.

A mortalidade por câncer de mama, o mais letal entre as mulheres, vem aumentando significativamente nos últimos vinte anos. A faixa etária mais atingida gira em torno de 40 a 69 anos. A maioria dos casos de morte atribui-se ao diagnóstico tardio. Com base em projeções e estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Ceará mais de 1.600 mulheres saberão até o fim do ano que estão com a doença. Em Fortaleza, serão quase 700.