Curso qualifica atenção ao parto e nascimento no Hospital César Cals

5 de outubro de 2011 - 21:50

A segunda fase do Plano de Qualificação das Maternidades e Redes Perinatais do Nordeste e da Amazônia Legal, do Ministério da Saúde, tem sequência no Ceará com a realização do Curso de Boas Práticas da Atenção ao Parto e ao Nascimento no Hospital Geral César Cals, de 13 a 15 de outubro. Para a realização do curso, a Secretaria da Saúde do Estado receberá profissionais do Hospital Sofia Feldman, de Minas Gerais, uma das referências do Ministério da Saúde na área do parto e do nascimento humanizados. Eles capacitarão médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem do HGCC através de vivências práticas. Serão também ministradas aulas teóricas abertas à participação de convidados.

O  Plano de Qualificação das Maternidades e Rede Perinatal do Nordeste e Amazônia Legal compõe o Pacto de Redução da Mortalidade Infantil na Amazônia Legal e Nordeste e é executado  nas 26 principais maternidades das duas regiões, responsáveis por mais de 110 mil partos ao ano. O projeto teve início efetivo em janeiro de 2010 e do Ceará participam o Hospital Geral César Cals, da rede pública estadual, e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O HGCC realiza uma média de 400 partos por mês e é no Ceará nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia.

O Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil foi firmado em 2009 entre o governo federal e os Estados do Nordeste e da Amazônia Legal. O objetivo é acelerar a redução das desigualdades regionais relacionadas à mortalidade infantil, com ações concentradas em 256 municípios prioritários, englobando a qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, educação em saúde, gestão da informação, vigilância do óbito infantil, fortalecimento do controle social, mobilização e comunicação, e produção de conhecimento e pesquisa.

A taxa de mortalidade infantil no Ceará está em queda. Em 2010 a TMI ficou em 11,3 por mil nascidos vivos, bem inferior ao índice registrado em 2007, quando no Estado, de cada mil crianças nascidas vivas, 24,4 morriam antes de completar 1 ano de vida.  Em 2007, o número de óbitos perinatais, que incluem perdas fetais a partir de 22 semanas de gravidez, até os menores de sete dias após o parto, foi de 2.819 casos, de acordo com o levantamento da Sesa. As causas se relacionam, principalmente, à qualidade do pré-natal a que a mãe se submete e da assistência à mulher no parto.